Almoço fora de casa subiu 16% em 2011 no país
Preço médio da refeição completa no Brasil é de R$ 21,11. Estudo da Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador) aponta que o almoço fora do lar ficou 15,9% mais caro no país em 2011 na comparação com o ano passado.
O preço médio da refeição completa (que inclui prato principal, suco ou refrigerante, sobremesa e cafezinho) praticado no Brasil é de R$ 21,11. Em 2010, o valor gasto pela mesma refeição era de R$ 18,20, indica a associação.
Para os moradores da Grande São Paulo, o preço é ainda maior: R$ 21,72, em média. Os pratos à la carte são ainda mais caros, R$ 32,77 na região. Em Santos, o almoço custa, em média, R$ 26,34, e, em Campinas, R$ 22,26.
No Rio de Janeiro, o consumidor precisa desembolsar R$ 26,57 para comer fora e R$ 39,47 se optar pelo serviço à la carte. Já, em Curitiba, os valores recuam para R$ 17,23 e R$ 23,69, respectivamente.
De acordo com a última POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) 2008/2009, realizada pelo IBGE, as despesas mensais das famílias com alimentação ocupam o segundo lugar na participação da despesa total familiar, representando, na média nacional, 16,1% das despesas totais das famílias e 19,8% das despesas de consumo.
Estudo revela que 10% da população mundial é obesa
Estudo revela que 10% da população mundial é obesa
Considerada a epidemia do século, a obesidade atinge um em cada dez adultos no mundo. No Brasil, metade da população está acima do peso, sendo que 3,5 milhões são obesos mórbidos. Brasil já ocupa 19ª posição no ranking mundial da obesidade masculina e a 15ª na feminina. Número de obesos no mundo praticamente dobrou nos últimos trinta anos.
Estudo divulgado pela revista médica The Lancet diz que a obesidade praticamente dobrou nos últimos trinta anos, afetando 500 milhões de adultos, sendo as mulheres as mais afetadas.
O excesso de peso é medido de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC), que mede a relação entre o peso e a altura da pessoa. De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde, o recomendável é o IMC abaixo de 24 kg/m2. O Brasil registra IMC de 25,8 entre os homens e de 26 entre as mulheres.
A obesidade afeta 205 milhões de homens e 297 milhões de mulheres, ou seja, 9,8% dos homens do mundo e 13,8% das mulheres. No planeta, 1,46 bilhão de adultos registram sobrepeso. “A mudança de hábito é a grande culpada por esses números alarmantes que não param de crescer. A obesidade é um potencial fator de risco para doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e algumas formas de câncer”, destaca o cirurgião especialista em obesidade, Dr. Roberto Rizzi.
Entre os países ricos, os Estados Unidos lideram o ranking mundial da obesidade, seguidos pela Nova Zelândia. A pequena ilha de Nauru, localizada no Pacífico Sul, com 14 mil habitantes, registrou a maior média de IMC, com 33,9 entre os homens e 35 entre as mulheres. A ilha já liderava a classificação em 1980, porém com níveis menores: homens com 28,1 e mulheres 28,3. “O Brasil precisa tomar medidas urgentes de prevenção, caso contrário já irá figurar entre os países com a população mais gorda do mundo na próxima pesquisa”, diz Dr. Rizzi.
Realidade Nacional
Divulgado no mês de agosto de 2010, a Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo IBGE, revelou que metade da população brasileira está acima do peso.
O problema atinge cerca de metade dos adultos em todas as regiões do país, com destaque para o Sul (56,8% dos homens e 51,6% das mulheres) e Sudeste (52,4% dos homens e 48,5% das mulheres). “A obesidade é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, ficando atrás apenas do tabagismo. A obesidade está ligada ao desenvolvimento de 29% dos casos de câncer de útero nas mulheres e 20% dos tumores de esôfago entre os homens”, alerta Rizzi.
O levantamento do IBGE revelou ainda que a população de 20 anos ou mais, o sobrepeso no sexo masculino saltou de 18,5% em 1974/1975 para 50,1% em 2008/2009. No sexo feminino, o avanço foi menos intenso, e o número saltou de 28,7% para 48% no mesmo período.
Cirurgia para emagrecimento cresce 500%
O número de cirurgias bariátricas no Brasil registrou um grande crescimento na última década, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. O procedimento, indicado no tratamento da obesidade mórbida, foi realizado 5 mil vezes em 1999. Já no ano de 2009, foram realizadas 30 mil cirurgias no país, um aumento de 500% na última década.
Esse crescimento coloca o Brasil na segunda posição do ranking mundial de cirurgias bariátricas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que realiza anualmente 300 mil procedimentos por ano. “O grande crescimento nos números de cirurgia bariátrica no Brasil está relacionado ao crescimento da população obesa no país e ao reconhecimento que é um procedimento seguro e eficaz no tratamento da doença“, destaca Dr. Rizzi.
A redução do estômago para perda de peso é recomendada quando o índice de massa corporal (IMC) é maior que 40kg/m² em pessoas com idade superior a 18 anos, seja homem ou mulher. O procedimento pode ser recomendado, ainda, se o IMC estiver entre 35kg/m² e 40kg/m² e o paciente em questão tiver diabetes, hipertensão arterial, apnéia do sono, hérnia de disco ou outras doenças associadas à obesidade. “Nos casos que o IMC do paciente fica entre 35 e 40 é preciso uma avaliação prévia e individualizada para ver se realmente a cirurgia bariátrica é recomendável. A cirurgia bariátrica é a última opção para o paciente que já tentou, sem sucesso, reduzir peso por métodos tradicionais”, diz Dr. Rizzi.
A cirurgia, porém, não garante a redução de peso em definitivo. O paciente precisa fazer uma adaptação a sua nova realidade e contar com acompanhamento de profissionais da saúde para se adaptar a sua nova rotina. “No geral, depois de três anos 10% dos pacientes começam a engordar novamente, por não adotar um novo estilo de vida saudável. O paciente necessita de um acompanhamento contínuo porque a mudança na dieta e nos hábitos de vida, necessários após a operação, é o que garante a saúde do paciente e a o sucesso na eliminação de quilos”, ressalta Dr. Rizzi.
Países mais afetados pela obesidade.
A lista de países de acordo com a taxa média de IMC (índice de massa corporal, obtido através do cálculo entre a altura e o peso do indivíduo) é a seguinte:
HOMENS
Nauru : 33,9
Estados Unidos : 28,5
Arábia Saudita : 27,9
Austrália : 27,6
Canadá : 27,5
Brasil : 25,8
MULHERES
Nauru: 35
Egito: 30,1
Arábia Saudita: 29,6
África do Sul: 29,5
México: 28,7
Brasil : 26
Egito: 30,1
Arábia Saudita: 29,6
África do Sul: 29,5
México: 28,7
Brasil : 26