terça-feira, 26 de julho de 2011

Etiqueta no Trabalho


As boas maneiras devem ser enraizadas desde muito cedo e há coisas, que devem cumprir determinados requisitos e limites bem explícitos na vida profissional. Assim, comportar-se no local de trabalho, não é igual à forma como se comporta em casa, com a sua família. Leia com atenção e aprenda, qual o comportamento correto na vida profissional. Vale lembar que, quando se entra pela primeira vez para um qualquer emprego, deve de antemão adaptar-se à estrutura da empresa em causa. Aos poucos, deverá ir interiorizando os hábitos da casa e perceber aquilo que as pessoas pretendem realmente de si. Ao trabalhar deve ter sempre uma atitude positiva para com os seus colegas e para com o trabalho que se propôs realizar de início. O profissionalismo e a competência são muito importantes. Deve ser uma pessoa esforçada e dedicada ao trabalho, primando pela pontualidade e cortesia com os seus colegas e superiores. Se ocupar uma posição de chefia, não se esqueça que deve ajudar as pessoas sempre que sentir que as mesmas estão com alguma dificuldade ou problema relativamente ao trabalho. Não seja arrogante ou prepotente para com os seus submissos, e não exija demais das suas disponibilidades.

A sinceridade e lealdade são imprescindíveis. Um bom ambiente de trabalho deve ser recheado de boa disposição e de profissionalismo, sem nunca cair na vulgaridade. As intrigas ou as faltas de honestidade, apenas promovem um ambiente vazio de profissionalismo e de boa educação. O que se passa no local de trabalho é da extrema responsabilidade das pessoas que lá trabalham mas, apenas isso. Todas as componentes da vida pessoal de cada um devem ser salvas e qualquer intromissão na vida privada, não se enquadra nas regras da boa educação profissional. No local de trabalho, as mulheres não devem ir de saias ou decotes demasiadamente abusivos, podendo ser encaradas com outra perspectiva que não a profissional. A ascensão das mulheres a altos cargos profissionais, deve ser feita somente segundo o seu profissionalismo e competência. Quando a mulher tiver um superior do sexo masculino, este deve tratá-la segundo o seu grau de desempenho na empresa e não tendo em conta o seu sexo ou a sua beleza exterior.

Ao falar com o seu chefe, deve fazê-lo de maneira natural sem abusar da confiança mas, ao mesmo tempo sem se inferiorizar. O seu superior é uma pessoa igual a si, mas com um cargo superior por isso, não admite qualquer tipo de humilhações. Subordinados e superiores devem ser tratados com igual respeito e cortesia, sem ferir susceptibilidades de ninguém. Faça por manter um bom ambiente de trabalho e não crie atritos indesejáveis com ninguém. Se a situação se verificar, o mais certo é causar mau ambiente e diminuir o rendimento e a produtividade prevista inicialmente. Relativamente aos colegas, superiores ou subordinados, sempre que se apresenta uma pessoa a outra, deve frisar bem qual o seu grau hierárquico, bem como o seu primeiro e último nome.

As boas maneiras devem ser sempre conservadas, sem nunca se abusar das mesmas ou abdicar demais delas. Na vida profissional bem como em qualquer outra circunstância do quotidiano, manter as boas maneiras é fundamental. O que acontece é que no dia a dia o máximo que podemos sofrer é um olhar reprovador, mas no local de trabalho as consequências podem ser bem mais graves.







Veja Algumas Dicas Abaixo:

O chaminé

Esse é aquele sujeito (ou sujeita!) que, apesar de trabalhar em uma sala com outras pessoas e que tem todas as janelas lacradas por causa do ar-condicionado, insiste em fumar um cigarro atrás do outro e ainda olha torto para quem ousa reclamar. Alguém pode até dizer, há isso não existe mais, mas infelizmente existe sim, principalmente em cargos de chefia8, usando de seu cargo superior e faltando com respeito para com seus colegas

A cheirosa

Nessa categoria estão as moças que, todo santo dia, logo depois do banho, se entopem daquele perfume francês caríssimo. A fragrância escolhida costuma ser chique -- o problema é que avisa sobre sua chegada muito antes de elas colocarem os pés no escritório. As perfumadas sempre acham que estão abafando -- e estão mesmo! Entre um espirro e outro, os alérgicos do escritório é que o digam.

O Mala-Sem-Alça

Esse profissional com seu astral de urubu está sempre agourando tudo o que os outros fazem. Também é especialista em derrubar os projetos que são propostos para realizar alguma melhoria na empresa. Muitos o chamam também de "caixa de papelão molhado" porque, assim como as malas sem alça, são difíceis de carregar.

O Sr. Testosterona

Quase me esqueço daquele tipo que, ao ver passar uma cliente, uma colega ou qualquer pessoa do sexo feminino, tece comentários com teor de cantada e dirige seus olhares para as partes mais íntimas do corpo dessa mulher. Esse, além de mal resolvido emocionalmente, é um grosso hors-concours.

O Nervosinho

Um profissional assim é daqueles que estão sempre prontos a ter um ataque de raiva. Assim como os colegas, tem um monte de problemas pessoais para resolver, mas, diferentemente deles, acha que o mundo deve ser compreensivo com ele. Resultado: não sossega enquanto não azeda o dia de todo mundo.

Ser Informal na medida certa

Quando o assunto é causar uma boa impressão na empresa, essas questões são mais do que detalhes. Afinal, mesmo que a informalidade faça parte de sua personalidade, tudo o que você faz pode influenciar positiva ou negativamente o ambiente de trabalho.


Falta de Profissionalismo

Se dentro da empresa usar um linguajar muito informal é problema, fora dela não é diferente. A informalidade se torna uma ameaça quando começa a prejudicar a relação profissional com clientes, fornecedores e parceiros do seu negócio. "Informalidade não pode servir, por exemplo, como justificativa para você atrasar uma entrega ou mesmo um pagamento".


Deixe Claro Seu Limite

Quem afrouxa as regras pode pagar um preço alto demais. Isso não significa que você precisa ser antipático. O que pode e deve fazer é criar uma distância psicológica saudável. Nem sempre é senhor, sim senhor -- Chame clientes, fornecedores e superiores de "senhor". A menos que eles autorizem um tratamento menos formal.

O Cliente

Não há necessidade de ser formal com os clientes o tempo inteiro, mas fique atento se o contato resvalar em assuntos pessoais, por exemplo. Se isso acontecer, seja monossilábico e pergunte em que pode ajudar. A idéia é colocar um ponto final no assunto de maneira bem educada.


Fale Bonito, Sem ser Pedantemas

Quando você usa gírias e palavras de baixo calão, constrange as pessoas que estão ao seu lado. Tome cuidado também com o português errado. "Virou moda usar expressões no gerúndio como 'estaremos enviando uma cópia do contrato amanhã', o que é errado". Por outro lado, erudição demais também incomoda. "Quem adora falar palavras difíceis e se acha um dicionário ambulante acaba deixando os outros pouco à vontade." Usar as palavras com habilidade é essencial no mundo dos negócios. Você pode ser um profissional brilhante, mas se comete erros gramaticais, de pronúncia e de vocabulário, engole palavras, tem uma inflexão falsa ou uma voz desagradável terá dificuldade em persuadir os outros a aceitar suas idéias ou a comprar seus produtos. Pode até mesmo ser esquecido quando se tratar de promoções e aumentos. Falar demais, interromper seu interlocutor para contradizê-lo ou sufocá-lo com opiniões categóricas e sair distribuindo conselhos sem que ninguém os tenha pedido - tudo isso deve ser abolido da conversação. "Para criar um clima de cordialidade, é preciso que o diálogo obedeça a um ritmo natural, um vaivém inteligente de réplicas, uma espécie de torneio no qual cada jogador tem a sua vez".

E se você quer realmente manter a boa convivência no trabalho e se preocupa em preservar sua imagem, não exagere no tom de voz e maneire nos gestos. Saiba ouvir, evite excesso de familiaridade (ou de franqueza), fofocas, reclamações e indiscrições. Também não há quem agüente mau humor, puxa-saquismo e autopromoção. Tem mais: fuja de gírias, expressões estrangeiras, jargões técnicos e, claro, palavrões e piadas longas ou de mau gosto.

Correio Eletrônico É Coisa Séria

Quanto tempo você perde apagando e enviando mensagens de piadas, spams, correntes etc.? Pense bem: nada disso é relevante para o trabalho, ou mesmo para o dos seus colegas. Portanto, mesmo que ache uma piada engraçada, evite repassá-la. Se não resistir, use seu e-mail pessoal e só envie para quem gosta de ler esse tipo de mensagem. Se você descobrir que alguém de sua equipe usa o correio eletrônico da empresa para esses fins, chame-o para uma conversa. Lembre-se de que a imagem da empresa está atrelada às mensagens que circulam via e-mail. A etiqueta corporativa, no entanto, é muito mais do que saber distinguir entre um garfo de salada e o do prato principal. Qualquer atitude que incomode as pessoas a seu redor é considerada falta de modos. Exemplos: bater o telefone, falar alto, importunar seu colega com conversas e perguntas o tempo todo, exagerar no perfume, esquecer do desodorante, entre outros. "Como os sinais de trânsito e os mapas rodoviários, o protocolo do escritório nos protege de colidir com os outros, de magoar os sentimentos dos colegas ou de prejudicar a reputação da empresa".

A elegância abrange, ainda, a consideração e o respeito por subordinados, chefes e colegas e a disposição em ser agradável e gentil. Isso não significa sair por aí beijando ou bajulando todo mundo. As pessoas podem ser bem-educadas, corteses e sociáveis ao mesmo tempo em que mantêm uma atitude positiva, simpática e, sobretudo, genuína - o que nos remete a questões como valores e ética. Se você é uma pessoa divertida, atenciosa, flexível e tolerante, pode estar certa de que muitos erros lhe serão perdoados. "Simpatia é fundamental em qualquer situação. É ela que aproxima as pessoas e torna a vida da gente muito mais fácil". "Infelizmente não há regras para ser simpático, mas se preocupar com o bem-estar dos outros já é, sem dúvida, um bom começo."

A vida profissional exige uma etiqueta correta em inúmeras ocasiões - muitas delas, delicadas. Obviamente não é possível prever todas.



Modos à Mesa

O almoço de negócios funciona como um teste que lança luz sobre suas habilidades sociais. Vai convidar um cliente para um almoço de negócios? Ofereça a ele algumas opções de restaurante e uma ou duas datas. Dê preferência a um lugar conveniente para ambos, com um serviço rápido e um ambiente tranqüilo e iluminado. Na manhã do dia D, você ou sua secretária devem confirmar o encontro. Quem convida chega antes, um tipo de delicadeza que faz toda a diferença no mundo dos negócios. Quanto à postura, o ideal é sentar-se com elegância, mantendo a coluna ereta. Não "cole" as costas no encosto da cadeira enquanto come e evite esticar ou cruzar as pernas para não incomodar seu vizinho da frente. Quanto às mãos, procure mantê-las sobre a mesa, apoiando os punhos. Nunca descanse o braço sobre o colo ou os joelhos. O guardanapo, por sua vez, deve permanecer dobrado sobre o colo o tempo todo. O tema central do almoço deve ser abordado sem pressa, não antes da chegada do primeiro prato. Comece tratando de amenidades, para descontrair o ambiente. A partir daí, cabe ao anfitrião começar a falar de negócios. Nessa hora, é bom não chamar a atenção sobre si. Nada de levantar a voz para conversar ou chamar o garçom, gesticular demais, deixar o celular ligado ou fazer brindes ruidosos. Quem convida paga. Ao final da refeição, peça a conta, ou a nota - nunca a "dolorosa" ou eufemismos igualmente abomináveis. Ao recebê-la, não a estude como se fosse detalhes de um contrato. Procure manter um ar neutro e não comentar o valor. Se achar que há algum engano, trate do assunto depois que os convidados já tiverem se retirado.




Ao Telefone

Estima-se que 75% dos negócios são feitos por telefone, um instrumento de comunicação fundamental no mundo corporativo. Seu mau uso significa perda de tempo, de oportunidades e, por tabela, de muito dinheiro. Ao fazer uma ligação, o certo é identificar a si mesmo e a sua empresa. Explique rapidamente o motivo do telefonema e pergunte se é uma hora conveniente para conversarem. Se a pessoa estiver ocupada, pergunte quando pode ligar de volta. No decorrer da conversa, procure não falar muito devagar nem muito depressa e habitue-se a pronunciar o nome do interlocutor de tempos em tempos - a idéia é estabelecer um relacionamento mais pessoal. Usar uma voz alegre, clara e calorosa - nem alta nem baixa demais - também gera empatia. Mas só isso não basta. É preciso ser rápido e objetivo ao prestar informações. E nada de deixar as pessoas esperando na linha sem fornecer uma explicação razoável pela demora ou remetê-la de uma seção a outra. Não há nada mais irritante. (Aliás, há sim. Ouvir do outro lado da linha vocativos como "meu bem", "meu anjo", "querido(a)", "coração" e afins.) Se por acaso a linha cair, a responsabilidade de retornar a ligação é de quem telefonou. Ainda: qualquer ruído estranho é considerado deselegante, pois sugere que sua atenção está em outro lugar. Portanto, não fale ao telefone com cigarro ou comida na boca, não masque chicletes, não rabisque papéis nem digite no computador.

Existem ainda outras regrinhas de ouro relacionada a telefones. Ser breve, não abusar das ligações pessoais e responder às mensagens na secretária eletrônica no prazo máximo de 24 horas são algumas delas. Outra: se estiver acontecendo uma reunião em sua sala e o telefone tocar, não atenda, a não ser uma ligação extremamente importante. Desculpe-se pela interrupção.

Pilotando o Celular

Não há como contestar. O uso de celular serve para aumentar a produtividade e resolver emergências. Por outro lado, não há nada mais chato do que ouvi-lo tocar em lugares públicos. Para os usuários, a solução é simples: ao fazer uma visita, participar de almoços e reuniões ou assistir a palestras, desligue o aparelho - ou deixe-o no modo vibra call. Se por acaso esquecer e ele tocar, peça desculpa e desligue-o, sem atender.

Toma Lá, Dá Cá

Há uma porção de ocasiões em que você pode oferecer um presente a alguém com quem trabalha. O gesto pode servir para agradecer a quem lhe fez um favor, parabenizar um colega pela promoção, reconhecer o bom trabalho de uma pessoa de sua equipe etc. Não há normas rígidas na hora de oferecer regalos. Basta usar o bom e velho bom senso. Evite dar (e receber) presentes muito caros e vistosos, por exemplo, sob o risco de parecer "suborno" ou exibicionismo. Pijamas, lingerie e perfume, por sua vez, têm conotação romântica e pessoal - algo que definitivamente não combina com o ambiente de trabalho. Prefira itens perecíveis, como vinhos e flores. Ingressos para um concerto ou para uma peça de teatro também são apropriados. Outra prova de discernimento é resistir ao impulso de presentear o chefe, sobretudo se você for novo na empresa - ou certamente será visto como bajulador.

Quando receber um presente, abra-o, agradeça e não deixe de expressar sua satisfação, mesmo que não esteja nada assim tão satisfeito. Se o mimo não for entregue pessoalmente, telefone, envie uma nota de agradecimento ou mesmo um e-mail um ou dois dias depois.

Funar Nem Pensar

Sem entrar no mérito do hábito de fumar, que a ciência desaprova, a etiqueta tem regras estritas para os fumantes. O ponto central é praticar seu vício sem incomodar as pessoas que o cercam. Ficam proibidas, portanto, baforadas no elevador, numa sala sem cinzeiros e à mesa, enquanto os outros estiverem comendo. Num almoço de negócios, se você fuma e seu convidado não, a solução educada é fazer a reserva na área de não-fumantes. Antes de acender o cigarro, trate de perguntar às pessoas se elas se importam que você fume. Mas esteja preparado. Caso alguém diga que sim, você se verá numa situação desagradável. Por outro lado, as pessoas podem dizer que não se importam por educação - e ainda assim se sentir incomodadas. A lógica é a mesma para quem costuma fumar na própria sala. O cheiro impregnado no ar pode ofender seu visitante. Mas deselegante mesmo é falar com o cigarro entre os lábios e usar o prato ou um pires como se fosse um cinzeiro, entre outras barbáries.

Roupa Ideal

As pessoas reagem instantaneamente à aparência das outras e, até certo ponto, isso se dá pela maneira como estão vestidas. "Roupas socialmente inadequadas podem fazer com que as pessoas se sintam pouco à vontade e queiram distanciar-se de você". "No mundo corporativo, em geral as reações são ainda mais cruéis e reprovadoras. Seus colegas, pares e superiores presumem que a qualidade do seu trabalho provavelmente não será melhor do que a qualidade da sua aparência." Mas boa aparência não significa usar tailleur de segunda a sexta-feira ou estar sempre de paletó e gravata. Significa, antes de mais nada, ter discernimento para saber adequar o visual à sua atividade profissional e às diversas situações de trabalho. Afinal, vestir roupas semelhantes para ir ao canteiro de obras e à reunião da diretoria é o mesmo que usar botinas para ir ao balé.
Algumas empresas têm códigos sobre o assunto. Se a sua não tem, trate de observar como os colegas e executivos se vestem. É sempre um bom referencial. Claro que há modelos que nunca devem ser usados: microssaia, barriga de fora e tops sensuais, para mulheres; camiseta regata, tênis e gravatas chamativas, para homens. Além disso, é bom manter suas roupas sempre limpas e bem passadas, e seus sapatos brilhando. Imagine apresentar-se com um pisante surrado ou uma mancha de gordura na calça? Isso demonstra desatenção aos detalhes. Mais: digamos que você é adepto de um corte de cabelo considerado bacana nos anos 80. Pode dar a impressão de que não é capaz de acompanhar as mudanças. Isso não significa, no entanto, que você é obrigado a seguir as tendências da moda. Mesmo porque pessoas verdadeiramente elegantes se conservam fiéis a um estilo, com pequenas variantes e algumas concessões aos modismos. Em geral, elas optam pela versatilidade e pelo conforto.

Etiqueta Global

Uma coisa é você cometer uma gafe quando viaja a passeio - em geral é até divertido. Outra, bem diferente, é dar uma bola fora numa viagem a trabalho. Nesse caso, provavelmente, a história não terá graça nenhuma. Pior: dependendo da dimensão, a tal mancada pode acabar comprometendo relações - e negócios importantes. Para não se perder nesse caldeirão de culturas globais, uma boa dica é pesquisar um pouco sobre o lugar para onde vai. Para isso, converse com colegas que já estiveram lá, leia livros ou navegue na internet. Saiba o nome correto do país, sua capital, seu regime político, características geográficas, o esporte mais popular, os principais pontos turísticos, e por aí afora. Aprenda também algumas palavras ou expressões na língua local - como ''bom dia", "por favor", "obrigado".

Em viagens internacionais, o ditado que recomenda nunca discutir religião, política ou sexo vale em dobro. O segredo é agir de forma diplomática. Lembre-se de que você representa uma espécie de embaixador do seu país. Expresse reconhecimento pela arte, arquitetura, cozinha ou pelo que mais mereça elogio em relação à cultura alheia. Em situações sociais fora do comum, o correto é confessar desconhecimento. A atitude demonstra aceitação e boa vontade em aprender. Também é importante agir com moderação. "Nada de brindes prolongados, abraços efusivos, galanteios superlativos.

Gentilezas Virtuais

A explosão do uso do e-mail talvez tenha sido a mudança mais drástica dos últimos tempos no que diz respeito à comunicação no mundo corporativo. A partir daí, deu-se origem a um novo termo: "netiqueta", um código de comportamento exclusivo para relacionamentos na rede. Para demonstrar eficiência e elegância no ambiente virtual, procure usar uma linguagem direta, clara e objetiva sem formalismos ou expressões rebuscadas. Evite, por exemplo, usar no cabeçalho saudações barrocas como "ilustríssimo" ou "excelentíssimo". Um simples "caro fulano", um "bom dia", ou coisa que o valha, já está ótimo. Na despedida, prefira expressões como "atenciosamente" ou "um abraço". Não se esqueça de, no final, assinar seu nome completo, cargo e nome da empresa.

Revise os e-mails à caça de erros de português e de digitação. Evite o uso de cores e fontes diferenciadas e pegue leve nos pontos de exclamação, cifrões e afins. Usá-los em excesso é mais ou menos como rir da própria piada. Arquivos anexados, só se realmente houver necessidade, pois requer trabalho extra de quem recebe a mensagem. Uma prática comum e de mau gosto é deixar visível a lista de pessoas para as quais você está remetendo o e-mail. A sensação é de que você é simplesmente um nome a mais em uma lista enorme. Em tempo: letras maiúsculas são sinônimo de gritaria no universo eletrônico. Letras minúsculas, por sua vez, remetem a excesso de informalidade. Cuidado com elas.

Retardatários

Respeitar o tempo alheio é a regra número 1 da etiqueta - mas a maioria dos brasileiros infelizmente costuma ignorá-la. Não deveria. Quando alguém chega tarde a um compromisso, aqueles que esperam raramente se satisfazem com uma desculpa esfarrapada. Por mais criativa e divertida que possa ser a explicação do retardatário, o sorriso do outro é sempre amarelo. A raiva fermenta pela falta de consideração. Além de deselegante, atrasos freqüentes podem deixar você com fama de profissional pouco sério - ou até irresponsável. Portanto, trate de disciplinar-se. Se você prevê um atraso significativo a um encontro de negócios, avise com antecedência - e, ao chegar, desculpe-se. Se vive numa cidade caótica, saia mais cedo do escritório. E, numa reunião, é bom dar o ar da graça com um pouco de antecedência. Assim, há uma margem de manobra no caso de imprevistos.

O Troca-Troca de Cartões

A troca de cartões de visita é parte de um ritual de saudação no mundo dos negócios. Em geral, ela é feita no início da reunião, quando as pessoas ainda não se conhecem. Uma boa prática é deixá-los à vista, caso o nome de um dos participantes lhe escape. Quando o encontro é informal, trocam-se cartões na despedida. Mas, atenção: ofereça-os somente se houver interesse para um contato futuro. Evite sair distribuindo-os a esmo especialmente para profissionais mais graduados que você. Espere até que lhe peçam. Outra coisa: esteja você num restaurante ou num coquetel, nunca entregue o cartão enquanto estiver comendo.

No Avião

Parece que os aeroportos e aviões trazem à tona o que há de pior nas pessoas. Afinal de contas, você é obrigado a enfrentar filas, lidar com atrasos e passar horas num compartimento fechado e apertado com dezenas, centenas de pessoas. Para tornar seu vôo e o dos outros passageiros o mais agradável possível, a regra número 1 é não se esparramar na poltrona do vizinho. Se estiver usando um fone de ouvido para escutar música ou assistir a um filme, verifique se o som não está escapando. Usar laptop durante o vôo também pode aborrecer a pessoa a seu lado, especialmente se ela estiver tentando dormir. Se você for o último a embarcar, encontre um compartimento livre, em vez de atulhar seus pertences num bagageiro lotado.

Tome algumas precauções antes de viajar para fora do país a negócios. Uma gafe pode colocar tudo a perder Antes de embarcar, informe-se sobre os costumes dos profissionais estrangeiros. Um pequeno mal-entendido pode botar toda a negociação a perder .

Não pega bem abraçar um chinês ou um japonês. Muito menos dirigir a palavra a uma mulher de um país islâmico. Falar sobre o holocausto com os alemães, então, nem pensar... Regrinhas como essas são decisivas numa reunião com profissionais de outros países. Uma gafe pode botar todo o trabalho a perder -- ou, no mínimo, atrapalhar bastante a negociação. Mesmo assim, as saias-justas são comuns entre os profissionais brasileiros que viajam a negócios. "O Brasil é um país que, de maneira geral, tem pouca familiaridade com outras culturas". Além disso, a convivência profissional com algumas nações é relativamente nova. "Não podemos esquecer, por exemplo, que até o fim dos anos 80 o Leste Europeu e a China eram virtualmente fechados para o mundo externo", afirma. Isso dificulta as relações internacionais dos brasileiros.

Mas não pode servir como desculpa para que você deixe de se informar sobre a cultura do país que vai visitar. "Precisamos fazer um esforço sistemático para não sermos vistos como um grupo de caipiras simpáticos, com quem o resto do mundo ocasionalmente faz contato." Você sempre deve evitar falar de política e de religião. Também não vale criticar o país que está visitando, chegar atrasado, fazer perguntas pessoais e, principalmente, contar piadas com tema sexual ou racista.

SIM OU NÃO

A forma de negociar também varia muito de país para país. Por isso mesmo, você precisa estudar não só os costumes cotidianos dos estrangeiros como a maneira como eles agem numa mesa de reunião. Assim como se preparar para uma viagem internacional, também é essencial se organizar para receber profissionais de outros países. Na maioria das vezes, uma boa pesquisa sobre os costumes dos colegas ajuda a evitar problemas. Mas, em algumas situações, o choque cultural é inevitável.


Conheça a cultura de alguns países na hora de trabalhar.
Isso pode garantir o sucesso da sua viagem:

ESTADOS UNIDOS

Os americanos são objetivos, focados em resultados de curto prazo e nos aspectos legais da negociação. Seja pontual, prepare-se para um contato frio no início, tenha uma estratégia definida e vá direto ao assunto.

JAPÃO

Os japoneses gostam de decisões coletivas e jamais dizem "não" durante uma negociação, pois isso é considerado grosseiro. Também são inicialmente frios, pensam no longo prazo e dividem as negociações em várias etapas. Geralmente quem fala mais é quem tem menor poder de decisão.

CHINA

Lá, tão ou mais importante do que aquilo que se diz é aquilo que não se diz. Fique atento aos sinais e ao contexto da situação. Os chineses gostam de decisões coletivas, o que alonga as negociações. Colocá-los contra a parede exigindo um "sim" ou "não" é um erro grave.

ALEMANHA

É um dos países mais formais da Europa. Chegar atrasado a uma reunião é quase um insulto. Os alemães não discutem negócios durante as refeições. Também não gostam de contatos físicos, como tapinhas nas costas.

ÍNDIA

Nas apresentações, há o tradicional ritual de troca de cartões e apertos de mão (só entre os homens), incluindo a ostentação de títulos acadêmicos. Se for convidado por um muçulmano ou hindu para a casa dele, tire os sapatos antes de entrar. As mulheres não devem expor braços, pernas, costas ou usar decotes muito ousados.

Entrevista com Ken Francis

Ken Francis se formou em História pela Universidade Federal do Paraná em 1999, mas aos 25 anos resolveu mudar de ramo. Em 2001 fez o curso de Cozinheiro Internacional no SENAC-PR. Depois de adquirir uma boa base gastronômica, Ken foi se aventurar durante um ano e três meses viajando pela Espanha, Inglaterra, Nova Zelândia, Malásia e Tailândia.
A cozinha tailandesa entrou no cronograma depois que trabalhou com um chef especialista na área na Inglaterra. Na Tailândia fez vários cursos: Baipai Cooking School, em Bangkok, curso básico de cozinha tailandesa e Blue Elephant Royal Thai Cuisine, também em Bangkok. Em março de 2007 fez o Royal Thai School of Culinary Arts, em Bang Saen, escola oficial do governo tailandês. Ken foi o primeiro brasileiro a se formar na instituição. O seu gosto pelo país asiático pode ter nascido durante os seus treinos de Muay thai, arte marcial tailandesa. Quando retornou ao Brasil, trabalhou em vários restaurantes e hotéis.
O chef passou pelo primeiro restaurante asiático de Curitiba, o Miss Saigon. Durante vários meses Ken Francis ministrou aulas no Espaço Gourmet Gastronomia. Seu nome ficou consagrado nos 5 anos em que foi chef do Lagundri Bistrô Asiático, tendo conquistado duas premiações da Revista Gula, segundo melhor na categoria étnico 2006 e primeiro lugar na categoria Asiática 2007. Agora o novo desafio do jovem chef é um restaurante em Salvador.

Quanto tempo trabalhou no Lagundri?

  • Minha história com o Lagundri surgiu do acaso. Eu já conhecia o Marcelo (Amaral, chef e proprietário do restaurante) por vários amigos em comum e nos encontramos perto do restaurante. Naquela época eu tinha acabado de voltar de minha primeira viagem à Tailândia e estava trabalhando num concorrente. O Lagundri ainda estava em obras! Conversamos e depois de um tempo fui procurá-lo e aí começou nossa parceria que durou 5 anos!

Como foi essa experiência?

  • Foi muito boa, conheci muitas pessoas legais, aprendi muito e evolui como profissional.

O que mais você aprendeu a frente do Lagundri?

  • Aprendi a sempre ser humilde, dividir meus méritos com minha equipe e manter a harmonia no trabalho, isto tem seu reflexo na comida.
Qual era o prato mais vendido?

  • Esta pergunta é complicada, tem dias e dias, mas acho que sempre os pratos de WOK têm boa saída.
Como você viu a aceitação do público curitibano com a culinária tailandesa?

  • Foi bem receptiva. O curitibano viaja muito, conhece boa comida e frequentemente está em São Paulo, que é a grande metrópole da América do Sul e está ao lado.
E como você acha que vai ser esta aceitação na Bahia?

  • Aqui é bem diferente. Ao contrário do Paraná, que quase não possui uma identidade gastronômica, a Bahia é uma das jóias da gastronomia nacional e coincidentemente a gastronomia Thai tem muito em comum, como por exemplo as frutas, o coentro, alguns condimentos e os frutos do mar muito presentes.
Quando pretende voltar para a Ásia?

  • Todos os dias (risos), mas gostaria que fosse em breve.
Como você vê a difusão da culinária tailandesa aqui no Brasil?

  • Têm alguns restaurantes muito bons, com reconhecimento internacional, mas existe muita porcaria também. Acho que o 100% original é impraticável, mas alguns clássicos devem ser mantidos a todo custo, em especial porque há pessoas bem informadas e viajadas. Sem contar estrangeiros que querem uma cozinha com qualidade e sabor original! Mas acho que está bem forte e os bons restaurantes podem colocá-la em evidência.
Os restaurantes que temos aqui oferecem pratos parecidos com os de lá?

  • Sim e não. Há pessoas que querem ir a um tailandês e comer o trivial. Comer, em minha opinião, e creio que na de pessoas de bom senso, vai além de simplesmente o ato de comer, é ter a sensação de estar em outro lugar, de vivenciar outra cultura de ter uma experiência diferente. A casa deve se preocupar com isto e treinar o pessoal para que faça com que o cliente tenha tal experiência. Também vender informação e cultura.
Qual é o prato mais típico da culinária tailandesa?

  • Na minha opinião os curries, eles sintetizam os sabores da cozinha Thai (doce, picante, ácido e salgado), isto sem contar no arroz Thai jasmine e seu sabor delicado.
Com relação aos temperos, tanto a culinária tailandesa quanto a cozinha típica baiana usam e abusam das pimentas. Têm alguma relação ou são diferentes?

  • A pimenta na cozinha baiana está localizada somente em alguns pratos. O baiano só come pimenta em pratos como acarajé e moqueca por exemplo. São poucos aqueles que comem pimenta em pratos Thai, na grande maioria dos pratos a pimenta é diminuída à pedido do cliente. Entretanto, o coentro é muito apreciado, tal como o leite de coco.
Como surgiu o convite para ir trabalhar na Bahia?

  • O convite surgiu por acaso, a princípio pensei que se tratasse de uma consultoria, mas me convidaram para conhecer o restaurante e senti que tinha algo a mais.
O que você espera dessa nova jornada?

  • É um desafio, trata-se de uma casa grande (Zen Thai Restaurant) e na terceira maior capital do Brasil. O público é diferente, o clima e a rotina de trabalho, mas já me encontro mais adaptado e estou apreciando muito esta nova empreitada. Tenho grande autonomia que foi dada pela diretoria: Gustavo, Marcello, Augusto, Paulo e Alessandro (apresentador da rede Globo local e um conhecido músico), isto sem contar no suporte e amizade que me foram dados pelo Chef Gildásio Bonfim, que é o chef geral do grupo que ainda conta com mais três casas. Estou apreciando este momento e seguramente farei uma história por aqui

Zen Thai Restaurant
Rua Conselheiro Pedro Luz, 311, Rio Vermelho.
Telefone: (71) 3335.0025 / 3334.6556 Salvador – Bahia

http://www.zenthairestaurant.com.br/